Não duvidar de si!
- Paola Alarcon
- 22 de out.
- 2 min de leitura

E então a primavera chegou — e com ela, a Rainha de Paus.Aquela que conhece o poder do tempo em silêncio, o valor do repouso nas sombras antes da eclosão da luz. Ela aprendeu que, para florescer em plenitude, é preciso antes germinar no escuro. Seu brilho não nasce do acaso, mas da consciência de tudo o que precisou queimar para chegar até aqui.
A Rainha de Paus é o arquétipo da mulher que não pede espaço — ela o ocupa. Sua presença magnetiza, inspira, desperta. É o fogo que aquece e acende em outros a vontade de criar, de viver, de ser. Carrega em si uma energia solar, vibrante, apaixonada.É a artista, a visionária, a líder que confia na própria intuição e faz da sua autenticidade o seu maior dom.
No Light Seer’s Tarot, ela é descrita como aquela que expressa-se com coragem e espontaneidade, que persegue os próprios sonhos com alegria e determinação. Um lembrete de que a verdadeira confiança nasce da coerência entre o que se sente e o que se manifesta. Ela é o espelho da vitalidade criativa — a força que move o mundo quando agimos a partir do coração.
Mas, como todo fogo, o dela também pede consciência. Na sombra, sua luz pode se distorcer em arrogância, vaidade ou manipulação. O desejo de brilhar pode virar necessidade de ser validada. É o lado em que o fogo, em vez de aquecer, consome. Por isso, a Rainha de Paus também é mestra da alquimia interior: ela ensina a transformar solidão em solitude, paixão em presença, impulso em propósito.
Sua jornada é cíclica — morrer e renascer, queimar e florescer. Ao atravessar a própria noite escura, ela encontra redenção: percebe que sua luz não depende do olhar do outro, mas da convicção silenciosa de que ela é a própria chama.E é essa certeza que a ilumina — e que faz com que, perto dela, tudo volte a florescer.


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