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Yoga refúgio

Atualizado: 14 de set. de 2022

Poesia autoral, feita no auge da pandemia

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Quando a mente divaga

Confusa fica pra lá e pra cá


Mandíbula que aperta

Testa que enruga

Coluna não tá ereta

Se perder descendo feed

quem nunca


Ansiedade se faz muitas vezes

Quando o tempo é de mudança

Nem se fala, presença, onde você esteve?


Mas é o Yoga que alivia

É refúgio o tapete estendido ali, despretensiosamente

Yoga traz a calma a mente

Ao sentir o corpo no respirar

Faz a postura, percebe o asana, vai alongar


Acontece simples, deixando o ar entrar, sair e a atenção pousar nesse ir e vir

O movimento é simples, não precisa contorcer mas sim conectar. Deixa o corpo falar que a mente vai silenciar


Ao contrário dos vídeos de sequências complexas

Yoga é estar presente observando a mente controversa

Observá-la ali, por si só, é tarefa árdua

Por isso temos movimentos aqui e ali, pra que a atenção se concatene em um fluir sem se deixar ir com tantas sugestões em pensamentos


Você tá entendendo?


Deixa então o corpo falar... as posturas te tiram da normativa e você fica sem alternativa, mas presta atenção no ar!

Fora do conforto o que resta do mecanismo apego e aversão? Isso mesmo, observação


Observa como reage, observa o que vem, observa o observador que convém

Além da personalidade, além do eu e do meu, existe vacuidade


Fluir do corpo e da mente, emoções, memórias, angústia, projeções, corpo... prisão? Templo? Manifestação do Absoluto em fragmentos. Felicidade que vem de dentro, feliz idade para o constante renascimento. Sempre é tempo!

 
 
 

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​© 2024 por Paola Alarcon.

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