Yoga refúgio
- Paola Alarcon
- 11 de ago. de 2022
- 1 min de leitura
Atualizado: 14 de set. de 2022
Poesia autoral, feita no auge da pandemia

Quando a mente divaga
Confusa fica pra lá e pra cá
Mandíbula que aperta
Testa que enruga
Coluna não tá ereta
Se perder descendo feed
quem nunca
Ansiedade se faz muitas vezes
Quando o tempo é de mudança
Nem se fala, presença, onde você esteve?
Mas é o Yoga que alivia
É refúgio o tapete estendido ali, despretensiosamente
Yoga traz a calma a mente
Ao sentir o corpo no respirar
Faz a postura, percebe o asana, vai alongar
Acontece simples, deixando o ar entrar, sair e a atenção pousar nesse ir e vir
O movimento é simples, não precisa contorcer mas sim conectar. Deixa o corpo falar que a mente vai silenciar
Ao contrário dos vídeos de sequências complexas
Yoga é estar presente observando a mente controversa
Observá-la ali, por si só, é tarefa árdua
Por isso temos movimentos aqui e ali, pra que a atenção se concatene em um fluir sem se deixar ir com tantas sugestões em pensamentos
Você tá entendendo?
Deixa então o corpo falar... as posturas te tiram da normativa e você fica sem alternativa, mas presta atenção no ar!
Fora do conforto o que resta do mecanismo apego e aversão? Isso mesmo, observação
Observa como reage, observa o que vem, observa o observador que convém
Além da personalidade, além do eu e do meu, existe vacuidade
Fluir do corpo e da mente, emoções, memórias, angústia, projeções, corpo... prisão? Templo? Manifestação do Absoluto em fragmentos. Felicidade que vem de dentro, feliz idade para o constante renascimento. Sempre é tempo!

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