O despertar do Yoga em mim

Decidi me tornar professora de Yoga quando estava morando na França, em 2017.

Na época, eu fazia um intercâmbio e estava lidando com algumas questões difíceis de serem trabalhadas lá, longe de amigos, família e em um clima de inverno rigoroso. Era difícil (e caro) sair de casa pra fazer qualquer coisa e eu morava em um espacinho pequeno. Nessa época comecei a ler um livro sobre budismo no caminho pra faculdade, era cerca de 40 min entre ônibus e metrô.

Sempre falava que queria começar a praticar yoga em casa (já havia praticado presencialmente no Brasil) mas acabava esquecendo, fazendo outra coisa. Conforme eu avançava no livro me propus a meditar diariamente 20 minutos. Comecei a perceber que sempre que eu terminava as meditações algo em mim impulsionava a fazer uns alongamentos tímidos.

Com o passar dos dias, esses alongamentos tímidos foram sendo incorporados na rotina. De repente comecei a colocar alguns videos de práticas pra acompanhar no computador... quando vi, estava estudando e praticando diariamente. E por aí foi... e sabe o que me ajudou? Esse tempo confinada. Essa dificuldade em lidar com tanta coisa que me fez procurar esses 20 minutinhos de silêncio no meu dia. E que faziam toda diferença. Que me colocavam alinhada com o que de fato eu queria e não conseguia executar por não conseguir quebrar meus padrões de condicionamento.

Não precisava de um estúdio de Yoga, não precisava ter super flexibilidade (eu era bem encurtada na época). Sem qualquer expectativa de alguma coisa ou com alguma meta muito rigorosa.

Eu fui indo devagar, no meu ritmo, percebendo o bem estar que a meditação e a prática me traziam.

O que eu aprendi nesse início, é que não se constrói nada do dia para noite. Como uma postura mais desafiadora. É algo diário, vem com o a prática, vem com o tempo.

Que tal agora usa-lo alimentando o que sua alma vem pedindo?

Comece em silêncio... ouvindo o que ela tem pra te contar.