Quem é Stanislav Grof?

Precurssor da psicologia transpessoal e pioneiro nos estudos da respiração como ferramenta de expansão da consciência, Grof criou a chamada Respiração Holotrópica.

Holotrópico significa literalmente “mover-se em direção a totalidade” um estado que caracteriza a sensação de dissolução do ego ou um conectar com o todo, sentir-se parte de algo maior.

“No início de sua carreira, Grof foi atraído pela psiquiatria e pela psicanálise freudiana quando estudava medicina. No entanto, quando estava concluindo o doutorado em Praga, a região tornou-se centro de pesquisas psicodélicas.

Foi lá que Grof e seus colegas realizaram inúmeras sessões sobre os efeitos de triptaminas como DMT e LSD. Depois de passar sete anos como o principal investigador desses estudos psicodélicos, Grof mudou para os EUA e ocupou cargos de destaque na universidade Johns Hopkins e no Centro de Pesquisa Psiquiátrica de Maryland conduzindo esses estudos por 14 anos, até a proibição das substâncias psicoativas.

Sendo assim, na intenção de continuar seu estudo com o mergulho no inconsciente, ao lado de sua companheira Christina, Grof desenvolveu a Respiração Holotropica.

Esse processo aparentemente simples, combinando respiração, música evocativa, trabalho corporal e expressão artística, tem um potencial extraordinário para abrir o caminho para explorar todo o espectro do mundo interior, disse ele.”

Me baseio muito nos estudos de Grof para montar as sessões de Respiração de Renascimento. Como uma ferramenta terapêutica, dando suporte a vertente transpessoal na psicologia, a respiração é ponte para o mundo interno.

Grof ficou fascinado com a capacidade tanto dos psicodélicos, como da respiração em alterar radicalmente o estado de consciência. Disse que tais ferramentas podem funcionar como um microscópio ou telescópio da psiquiatria.

Foi ele quem trouxe a palavra transpessoal para a quarta força da psicologia. E o que essa palavra carrega de significado? Transpessoal é um campo de elaboração e estudo dos estados não ordinários da consciência que são capazes de elucidar questões do eu-consciente. Além do pessoal (eu-meu), a transpessoal transpassa a identidade, a personalidade e entra num campo mais amplo, onde todos nós podemos nos re-conhecer. Tal campo foi enunciado por Jung com o conceito de inconsciente coletivo e por Joseph Campbell com a jornada do herói. E a partir desse re-conhecimento de que existe um campo onde todos nós podemos nos identificacom imagens, passagens, sentimentos e sensações em comum, vem a elaboração do trabalho do tarot como ferramenta terapêutica e seus arquétipos universais.